Camarão-pitu está em risco de extinção em SE
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) investe na produção de camarão-pitu em Sergipe para revitalizar o rio São Francisco. Com o objetivo de dar um novo foco à recomposição da ictiofauna do rio São Francisco, em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL/Polo Penedo), foi instalado, em 2018, o laboratório de pesquisa e produção do camarão-pitu no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume, situado em Neópolis (SE).
No ano seguinte, foram iniciadas as ações de repovoamento do rio. Para este ano de 2023, a previsão é produzir e distribuir cerca de 100 mil pós-larvas da espécie ao longo do Baixo São Francisco. O projeto do camarão-pitu tem alcançado grande repercussão por se tratar de espécie de importância econômica e social. O trabalho parte da captura de espécimes nativas, licenciada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Depois, ocorrem as etapas de desova, larvicultura, produção das pós- -larvas e, por fim, a reintrodução no ambiente natural. Dada a importância dessa ação, o Centro Integrado de Betume tem recebido contatos de instituições públicas e privadas de diversos estados, interessados em realizar parcerias com o intuito de estender os trabalhos a outros locais. “Esse é um trabalho de grande relevância para a bacia do rio São Francisco.
O camarão-pitu está em risco de extinção e, com esse projeto, a Codevasf contribui para recuperar os estoques de uma espécie com grande importância econômica e ambiental”, afirma o superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Thomas Jefferson França da Costa.