O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou na manhã deste sábado (9) a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. O ministro também concedeu liberdade provisória a Mauro Cid, com aplicação de medidas cautelares e uso de tornozeleira eletrônica.

 

Em sua decisão, Alexandre de Moraes determinou, ainda, limitações ao tenente-coronel Mauro Cid para sair de casa aos fins de semana e também à noite, além do afastamento das funções no Exército e proibição de contato com outros investigados.

 

Na última quarta (6), o ex-ajudante de orden de Jair Bolsonaro esteve no STF e foi recebido pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Acompanhado de seu advogado, Cid foi ao STF para confirmar formalmente a sua intenção de fechar um acordo de delação. 

 

Braço-direito do ex-presidente Bolsonaro o tenente-coronel prestou depoimento por mais de dez horas à PF, no dia 28 de agosto. Além da venda ilegal de joias recebidas por comitivas presidenciais, ele é investigado ainda por envolvimento na suposta tentativa de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por falsificação dos cartões de vacinação da família Bolsonaro.

 

Mauro Cid tem 44 anos, é tenente-coronel e filho de Mauro César Lourena Cid, general da reserva que foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, no sul Fluminense. O pai dele também é investigado por envolvimento no caso das joias.

Foto: Agência Brasil

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