Entendendo a Previdência: É melhor investir ou pagar INSS?
A solução à pergunta acima não é tão simples, pois inúmeras são as variáveis envolvidas, vejamos: idade do segurado, estabilidade econômica e legislativa do país, estrutura familiar, condição de saúde individual e familiar, nível econômico e de informação, ou seja, a resposta é diferente para cada pessoa.
De início, impõe salientar que a relação jurídica com a previdência social, na maioria dos casos, não é facultativa, já que a filiação advém do auferimento de renda, seja como segurado autônomo (contribuinte individual), empregado, doméstico etc., seja atividade urbana ou rural. Assim, a vinculação ao INSS não é um ato de vontade mas uma imposição legal, com exceção do segurado facultativo.
Vantagens da cobertura do INSS
Cabe ainda esclarecer que a proteção pública não se limita à aposentadoria, já que outros riscos ou fatos sociais podem acometer os cidadãos como doenças, maternidade, prisão e morte, e para estes acontecimentos há cobertura, pelos benefícios de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio doença), salários maternidade e família, auxílio reclusão e pensão por morte, respectivamente, tendo assim um amparo mais amplo, e que dificilmente será contemplado por seguros privados. Além disso, é claro, a disponibilização dos serviços de reabilitação profissional e fornecimento de órteses e próteses ortopédicas, por exemplo.
Rentabilidade do planejamento previdenciário no INSS
Não se pode também deixar de registrar que o retorno de um bom planejamento previdenciário no âmbito público é interessante, vejamos o exemplo:
Feitos tais esclarecimentos, entendo que a proteção promovida pela previdência pública (INSS) é necessária, e os investimentos sejam eles em previdência privada, imóveis, renda fixa, etc., devem ocorrer de modo suplementar, levando em conta a amplitude da proteção pública e, teoricamente, o maior retorno dos investimentos privados.
Por fim, seja qual for decisão tomada pelo segurado é necessário refletir para longo prazo e nas consequências reais promovidas pela perda de sua capacidade laborativa, bem como será possível promover uma condição de vida melhor no futuro, sob os panoramas financeiro e de saúde.