O deputado estadual Garibalde Mendonça (PDT) destacou nessa rápida entrevista com o jornal da cidade o que não esconde de ninguém: a vontade de ser prefeito de Aracaju. Para o parlamentar – que está no sétimo mandato, sendo o mais antigo da assembleia legislativa –, o sonho com a chefia do executivo da capital é antigo: “Nutro quando fui inserido na política”. Contudo, mesmo com esse anseio pessoal, ele tem “consciência” de que a decisão deve ser tomada pelo grupo e por isso vem defendendo o próprio nome para a disputa da eleição municipal. Confira o conteúdo completo:

JORNAL DA CIDADE -Como o senhor avalia a gestão do governador Fábio Mitidieri (PSD)?
GARIBALDE MENDONÇA – Avaliar uma gestão em apenas seis meses, que foi escolhida pela maioria da população sergipana para quatro anos, é precipitar tudo que fora prometido num curto espaço de tempo, dentro que fora prometido em campanha. Como foi minha opção para o Executivo de meu Estado, contribuo dentro do que é possível para que tudo de melhor seja feito em favor dos sergipanos.

JC – O PDT deseja o que mais no governo? Mais cargos?
GM – E quem disse que o PDT só visa cargos? Nós fazemos parte de um grupo e isso credencia o partido para compor o governo estadual e discutir o pleito de 2024 como uma das siglas protagonistas no processo de escolha de algumas candidaturas – principalmente, da capital.

JC – O senhor defende pré-candidato do PDT para as eleições do próximo ano? Quem seria?
GM – Eu não apenas defendo uma précandidatura do PDT para a sucessão de Edvaldo Nogueira, principalmente quando temos o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa à frente destes Poderes por partidos aliados, restando-nos por compreensão o apoio total do grupo para manter o PDT no comando da capital.

JC – O senhor ainda guarda o desejo de comandar a Prefeitura de Aracaju? Há esse diálogo com o partido?
GM – Não se trata de desejo e sim de sonho que nutro desde quando fui inserido na política para este fim. Não tenho o sentimento de obsessão, mas sinto que posso fazer muito por nossa capital, se fosse a opção decidida por nosso grupo. Apenas tenho a consciência de que: na política, o sonho sozinho é apenas um sonho. Mas nutro essa possibilidade passando pela reflexão e encaminhamento dos líderes de nosso agrupamento.

JC – Existe alguma possibilidade do senhor retornar ao MDB? Por quê?
GM – O MDB é um partido que tenho muito respeito. Entretanto, é preciso lembrar que mudança partidária para mim até que abra a janela para deputado estadual é um risco ou até mesmo a perda do mandato. Por tudo isso, não há a menor possibilidade de deixar o PDT.

JC – Indo para o MDB, quem pretende apoiar para a eleição?
GM – Como essa possibilidade é praticamente impossível de deixar o PDT, até que uma janela jurídica e segura seja aberta, me mantenho na possibilidade de apoiar o candidato escolhido pelo grupo para sucessão de Edvaldo Nogueira e espero que esse nome seja o meu.

Por Mayusane Matsunae
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