Perimetral Oeste: comunidade aprova construção da ponte sobre o Riacho do Cabral
A construção da avenida Perimetral Oeste, uma das mais importantes intervenções para a mobilidade urbana realizadas, atualmente, na capital sergipana, segue em ritmo avançado, sobretudo na etapa de implantação da ponte sobre o Riacho do Cabral, entre os bairros Soledade e Bugio. A obra, executada pela Prefeitura de Aracaju com recursos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no âmbito do Programa de Requalificação Urbana - Construindo para o Futuro, tem agradado a comunidade local.
De acordo com o secretário municipal da Infraestrutura e presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari, a construção desta ponte é complexa porque exige toda a colocação de estacas profundas no leito do rio, "já que tem muito manguezal e tem uma espessura muito grande de material argiloso, que chamamos de solo mole".
"Para fazermos uma ponte é preciso apoiar num solo rígido, algo que tenha suporte para evitar que a ponte ceda. Ao longo dos últimos meses, cravamos todos os pilares necessários para a construção da ponte, em alguns casos, inclusive, chegamos a cravar estacas até 18 metros de profundidade. Agora, já iniciamos a concretagem da parte superior dessas estacas para permitir que se possa colocar a ponte propriamente dita”, atualiza o presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) e secretário municipal da Infraestrutura, Sérgio Ferrari.
O gestor aponta que, até então, o que se via era um trabalho mais enterrado. “Não se conseguia ver a obra, por assim dizer, mas ela estava acontecendo e, agora, a população vai poder acompanhar de forma mais visível. Agora, com a parte superior das estacas, o que chamamos de vigas, vamos começar a interligar uma com a outra e, assim, faremos o piso da ponte”, complementa.
A ponte construída sobre o Riacho do Cabral terá 337,4 metros de comprimento e 26,4 metros de largura; duas pistas de rolamento, cada uma com três faixas, sendo uma delas exclusiva para ônibus; além de passeio lateral para pedestres e uma ciclovia no eixo central. “Ela vai contribuir muito para mudar a dinâmica social da zona Norte, uma nova rota que vai desafogar a avenida Euclides Figueiredo e vai facilitar o acesso à cidade”, comenta Ferrari.
Conforme o presidente da Emurb, todas as fases da obra da Perimetral contaram com estudos ambientais. “Realizamos o Estudo de Impacto Ambiental e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente [Sema] analisou e aprovou. Todo trabalho que, de alguma forma, exigiu a supressão de mangue foi analisado e teve licença ambiental. No momento que traçamos a Perimetral, temos uma via que removemos um pouco do mangue, mas a partir do momento que existe a construção, passamos a protegê-lo e o mangue tem uma capacidade de regeneração muito grande”, explica.
Comunidade aprova
Para quem mora na região, para além de possíveis transtornos temporários, os benefícios da obra compensam, como observa José Roberto de Araújo, dono de uma oficina na região onde a obra acontece. “A cidade está crescendo e tem que evoluir, mesmo, e evolui construindo viaduto, construindo ponte, para ter uma vida melhor. Hoje vindo pela Euclides é muito difícil, então, essa nova avenida vai melhorar muito. Estou muito satisfeito com essa obra, foi a melhor coisa que aconteceu. Só tenho o que agradecer”, comenta.
Para Rildiane Costa Azevedo, que mora há cerca de um ano na região, a obra "vai facilitar o acesso". "A gente sabe que toda obra tem transtorno, mas sabemos que é por uma boa causa e tudo vai ficar melhor”, considera.
“Acho que essa obra vai ser ótima em tudo, no movimento, no trânsito, enfim. Com certeza, o transtorno de agora vai ser arrumado e, quando a obra ficar pronta, vai melhorar tudo pra gente. Não tem como ter obra ser ter uma baguncinha, e tenho certeza que, quando a ponte ficar pronta vai valorizar tudo ao redor. Minha casa, mesmo, não vale muita coisa, mas tenho certeza que vai valer mais uma coisinha boa”, afirma Gilson Novaes, morador do bairro Soledade.