‘Cada eleição tem as suas peculiaridades’, Mendonça Prado
O ex-deputado federal Mendonça Prado está em fase de pré-campanha. Ele pretende disputar a prefeitura de Aracaju em outubro de 2024 e para viabilizar esse projeto vem mantendo contatos políticos com certa frequência com lideranças políticas e populares da capital. Ele é a opção do Partido Democracia Cristã (DC) e está elaborando um projeto para promover o desenvolvimento socioeconômico de Aracaju. Mendonça afirma que a sua pré-candidatura se organiza para ser propositiva e capaz de corresponder às expectativas da população. A seguir os principais trechos da entrevista.
JORNAL DA CIDADE - Por que ser précandidato à Prefeitura de Aracaju? O que lhe induz para essa disputa?
MENDONÇA PRADO - Recebi o honroso convite da Democracia Cristã para elaborar um projeto capaz de promover o desenvolvimento socioeconômico de Aracaju. Após uma série de reuniões para apresentação de ideias, os partidários decidiram me convidar para ser o précandidato do partido e defender as teses referentes às diversas áreas. Conversei com amigos, fiz uma reflexão e aceitei o desafio. Os presidentes Airton Costa e José Maria Eymael, dos diretórios regional e nacional, ficaram entusiasmados e pediram inclusive que eu comandasse o diretório da capital sergipana. Além disso, o amor pela cidade onde nasci, cresci, me formei, trabalho, resido com os meus familiares e já me proporcionou tantas alegrias e vitórias me fazem encarar essa missão com imensa disposição.
JC - O senhor avalia que a sua précandidatura tem chance de vitória nas urnas? Por quê?
MP - Costumo dizer que cada eleição tem as suas peculiaridades. O resultado depende da dinâmica e da eficiência dos partidários na execução das ações de uma campanha que só acontecerá em 2024. A escolha majoritária, especialmente, se dá através de comparações que acontecem na hora da disputa. A sociedade avalia as ideias e os projetos exibidos pelos concorrentes. A nossa pré-candidatura se organiza para ser propositiva e capaz de corresponder às expectativas da população.
JC - Seu partido fará alianças? Com quais?
MP - Ainda é cedo para tratar de alianças partidárias. Estamos na fase de organização da sigla. Estamos construindo uma chapa proporcional com densidade para eleger vereadores. Também estamos organizando uma agenda para expor a linha de pensamento do partido e discutir ideias sobre temas relevantes com os aracajuanos dos mais variados segmentos e moradores dos diversos bairros. Antes de estabelecer pactos partidários, devemos nos aproximar do povo.
JC - A sua pré-campanha se caracterizará como conservadora ou Progressista? Por quê?
MP - A nossa compreensão é que uma discussão sobre temas municipais deve considerar como prioritários o aprimoramento dos serviços essenciais, o crescimento ordenado da cidade, as ações de construção de uma cidadania plena e a formulação de ideias que indiquem soluções para os graves problemas que afligem a população no seu dia a dia. O ideário do partido já está exteriorizado no próprio nome: Democracia Cristã.
JC - Dos políticos influentes de SE, quais lhe darão apoio? E de Aracaju!
MP - A Democracia Cristã não vai rejeitar apoio de ninguém. Mas lhe asseguro que a maioria da população que sofre com a precariedade dos serviços de transporte, saúde, ruas completamente esburacadas, elevados índices de desemprego, déficit habitacional e assim por diante, não está preocupada com influência de quem quer que seja. As pessoas estão em busca de soluções para os inumeráveis problemas.
JC - O seu partido tem força nacional? Estadual em SE? Municipal em Aracaju?
MP - Eu diria que a Democracia Cristã tem a força das nossas ideias e do nosso entusiasmo. É um partido programático que irá surpreender através da exposição de uma linha de pensamento moderna e projetos revolucionários. Ao longo da história pequenos partidos elegeram pessoas que ocuparam inclusive a Presidência da República e alteraram os rumos da política. De forma contrária, o gigantismo do MDB em 1989 não valeu para eleger Ulisses Guimarães presidente do Brasil. A grandeza do PSDB em 2018 também não serviu para eleger Geraldo Alckmin. Muitos endinheirados em várias campanhas eleitorais, rodeados dos ditos influentes foram derrotados por decisão do povo. Em política nem sempre dois mais dois é igual a quatro.
JC - Então, essa pré-candidatura é pra valer?
MP - Temos consciência que enfrentaremos enormes desafios, mas também temos plena convicção que somos capazes de superálos. Por essa razão, a pré-candidatura foi anunciada pra valer e fazer a diferença.
Por Eugênio Nascimento
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