Senador sergipano defende inclusão do Convento de Francisco em programa de restauração do patrimônio histórico

A convite do senador Laércio Oliveira (PP-SE), o ministro do Turismo, Celso Sabino, se comprometeu a visitar Sergipe para promover o patrimônio histórico e aliar o turismo ao desenvolvimento sustentável e à geração de emprego e renda no estado. 
- São Cristóvão já está na nossa rota e eu gostei muito de receber o convite do senador Laércio para visitar essa cidade histórica e Aracaju. Vamos lá com toda certeza”, afirmou Sabino. 
Em audiência pública nesta terça-feira na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (22), o senador sergipano defendeu a inclusão do Convento de São Francisco, no centro histórico de São Cristóvão (SE), no Programa Revive, do Ministério do Turismo. O protocolo de cooperação internacional assinado em 2020 entre os governos do Brasil e de Portugal busca recuperar patrimônios históricos e culturais subutilizados e degradados para aproveitamento turístico.  
“Sergipe tem a quarta cidade mais antiga do país, São Cristóvão, bem pertinho de Aracaju. O plano de trabalho do ministério lista a restauração de alguns patrimônios históricos do Brasil mas infelizmente não contempla o estado de Sergipe e conjunto arquitetônico conhecido como Convento de São Franscisco, que começou a ser construído em 1658. Vou formalizar a sugestão para o Ministério do Turismo incluir esta referência religiosa, artística e cultural nacional neste resgate”, anunciou Laércio.   
O Programa Revive permite que os patrimônios, hoje em estado de deterioração, sejam recuperados pela iniciativa privada para utilização de parte do imóvel para empreendimentos turísticos, como hotéis, restaurantes e espaços culturais. A iniciativa estabelece a realização de licitações para a  concessão dos espaços. Atualmente, os locais já qualificados pelo Programa são o Palacete Carvalho Motta (CE), no Ceará, a Antiga Estação Ferroviária de Diamantina (MG), a Fazenda Pau d’Alho (SP), a Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá (PE) e a Fortaleza Santa Catarina (PB). 

Malha aérea e primeiro emprego 
O senador Laércio Oliveira defendeu que o Ministério do Turismo trabalhe em parceria com as companhias aéreas e os governos estaduais para ampliar a malha aérea e as conexões nacionais e internacionais, aumentar a oferta de voos e permitir a redução das passagens. 
O senador também cobrou investimentos e sugeriu uma parceria com o Sesc e o Senac para a qualificação profissional dos jovens para atender o setor de turismo, em programas como o Primeiro Emprego, lançado nesta semana pelo Governo de Sergipe. Laércio ainda voltou a criticar a exigência de visto de turista para viajantes dos Estados Unidos, Canadá e outros países. 
“Nos orgulhamos das belezas de nosso país e precisamos de turistas estrangeiros. Com a volta dessa exigência, R$ 2,5 bilhões deixam de ser arrecadados por ano”, explicou Laércio ao destacar que a nomeação do deputado Celso Sabino na pasta renova a esperança no desenvolvimento do turismo nacional. 

123 Milhas 
Há pouco mais de um mês à frente do Ministério do Turismo, Celso Sabino anunciou a apresentação do Plano Nacional de Turismo em setembro e respondeu aos questionamentos dos parlamentares em mais de três horas de audiência. 
Os senadores cobraram medidas para proteger os consumidores e punir os responsáveis em casos como o da agência de viagens 123 Milhas, que suspendeu a emissão de pacotes e a emissão de passagens na última sexta-feira (18). A medida prejudicou turistas de todo o país e afetou viagens com embarques previstos de setembro a dezembro de 2023. 
O ministro do Turismo disse que a pasta está avaliando o modelo de negócio praticado pela empresa e lembrou que já suspendeu o cadastro da 123 Milhas no Cadastur, o sistema de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo. 
Em relação a vinda de estrangeiros ao Brasil, Sabino revelou que a movimentação apresenta-se estagnada há anos, com média de 6,3 milhões anuais e injeção na casa de US$ 6 bilhões. Os números resultam numa balança negativa para o Brasil, que despacha muito mais turistas ao mundo do que recebe. Só a Torre Eiffel (Paris) recebe sete milhões de turistas por ano, segundo Sabino, dos quais 75% são estrangeiros.

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